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Fernanda Montenegro: a protagonista da sua própria história

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A trajetória de sucesso da grande dama da dramaturgia do Brasil.


Foto por Leo Aversa / Divulgação.


Fernanda Montenegro é considerada uma das melhores atrizes do país e conhecida como a grande dama do cinema e da dramaturgia do Brasil. A artista foi a primeira latino-americana e a única brasileira já indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Além de ser a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação do telefilme Doce de Mãe (2013), exibido pela Rede Globo.


Arlete Pinheiro Esteves da Silva, que mais tarde seria conhecida como Fernanda Montenegro, nasceu no bairro de Cascadura, subúrbio do Rio de Janeiro, em outubro de 1929. Filha de uma mãe dona de casa e um pai operário, com estudos em mecânica, a artista, aos oito anos, iniciou seu primeiro trabalho no teatro com uma peça na igreja do seu bairro. Com cerca de 15 anos, Fernanda se inscreveu em um concurso de locução na Rádio Ministério da Educação e Cultura. E foi ali que iniciou sua carreira como redatora, locutora e radioatriz, e onde ficou por dez anos. Ao lado da Rádio MEC, Fernanda descobriu o grupo de teatro amador da Faculdade de Direito e se ligou a eles.


Logo, a artista começou a escrever e criou o seu pseudônimo Fernanda Montenegro.


Em 1950, a atriz fez sua estreia profissional na peça "3.200 Metros de Altitude", ao lado de Fernando Torres, seu companheiro de profissão e que, anos depois, tornou-se seu marido. Durante dois anos na Rede Tupi, a atriz participou de cerca de 80 peças exibidas pelos programas "Retrospectiva do Teatro Universal" e "Retrospectiva do Teatro Brasileiro".


Após casar-se com Fernando, o casal se mudou para a cidade de São Paulo e formou sua própria companhia de teatro, entitulado "Teatro dos Sete", juntamente com Sergio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. A estreia do grupo aconteceu com a peça "O Mambembe", em 1959, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


A primeira participação de Fernanda no cinema foi como dubladora no filme "Mãos Sangrentas", em 1955.


De volta para o Rio de Janeiro, a atriz não parou mais. Ela retornou para a Rede Tupi; fez sua estreia em novelas na TV Rio, com "Pouco Amor Não é Amor", em 1963; e participou do programa "4 no Teatro", na TV Globo, em 1965. Dois anos depois, a artista fez sua estreia na TV Excelsior, com a novela "Redenção". Lá, Fernanda permaneceu por três anos e, em seguida, se afastou da televisão por nove anos.


Durante esse período, como fruto de sua relação com Fernando Torres, nasceram Cláudio Torres (1962) e Fernanda Torres (1965).


Seu retorno à televisão aconteceu na novela "Cara a Cara", em 1979, na TV Bandeirantes. Em 1981, a atriz estreou em novelas da TV Globo, com "Baila Comigo". Um de seus maiores sucessos foi a primeira versão da novela "Guerra dos Sexos", em 1983, que rendeu o prêmio de Melhor Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).


Sua estreia no cinema, agora como atriz, foi no longa-metragem "A Falecida", em 1965. Iniciando com o pé direito, Fernanda recebeu o prêmio de Melhor Atriz na I Semana do Cinema Brasileiro (Festival de Brasília) com o filme. Mas foi em 1999, com o longa "Central do Brasil", que Fernanda conseguiu um feito inédito, sendo a primeira brasileira indicada ao Oscar.


No mesmo ano, na comemoração dos seus 50 anos de carreira, a atriz foi condecorada com a maior a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, pelo reconhecimento de seus trabalhos nas artes cênicas brasileiras.


Desde então, a presença de Fernanda em dramaturgias passou a enaltecer grandes obras cinematográficas, como "O Auto da Compadecida" (2000), "Olga" (2004) e "O Tempo e o Vento" (2013); e também novelas e seriados televisivos, como "As Filhas da Mãe" (2001), "Hoje é Dia de Maria" (2005), "Belíssima" (2005), "O Outro Lado do Paraíso" (2017), "A Dona do Pedaço" (2019), entre outros.


Hoje, aos 90 anos, a atriz segue com o mesmo entusiasmo artístico de quando iniciou a sua carreira e nem mesmo a pandemia conseguiu afastá-la de seu ofício.


Entrevista de Fernanda para o Cinejornal, do Canal Brasil (2020).


Durante o período de quarentena, a atriz ficou em isolamento com a família na região serrana do Rio de Janeiro. E o resultado desse encontro se transformou na personagem Gilda de Lúcia, da série Amor & Sorte, que estreia hoje (08 de setembro de 2020) na rede Globo às 22h15. Na série, a atriz contracena com sua filha Fernanda Torres, e juntas, elas contam a história de uma mãe e uma filha que resgatam seus laços afetivos durante o período da pandemia.


Respeitando os critérios de distanciamento social, a produção foi realizada de forma remota e envolveu todos os seus familiares.


"É muito bonito ver seus netos no seu campo de trabalho e aspiração de vida, é tão acolhedor. Um amparo ver que os que nascem de nós não deixam de se encantar pelo que também nos enche os olhos".

Trecho da entrevista de Fernanda para Daniel Castro, do Notícias da TV.


O brilho no olhar de Fernanda a cada personagem que ela interpreta é motivo de inspiração para todas as mulheres que são apaixonadas pelo seu ofício. Que ela siga abrilhantando às nossas vidas através de sua arte e talento! Viva Fernanda! ♥︎


Acompanhe a Fernanda nas redes e celebre sua arte:


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