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Luisa Dörr: o retrato da artista contemporânea

A trajetória dos olhos que contam histórias.


Foto por Saul Tiff.


Luisa Dörr é fotógrafa brasileira. Seu trabalho é focado na inquietude da história de mulheres, utilizando seus retratos como veículo de contar essas narrativas e explorar a complexidade da natureza humana e feminina. Ela foi responsável por fotografar 46 personalidades femininas norte-americanas pioneiras em suas áreas de atuação para o editorial intitulado "Firsts" da revista Time, dentre elas estavam: as apresentadoras Oprah Winfrey e Ellen DeGeneres, as cantoras Aretha Franklin e Selena Gomez, e a tenista Serena Williams.


Nascida no município de Lajeado, no Rio Grande do Sul, desde pequena, Luisa já demonstrava seu interesse pela fotografia ao pedir câmeras de presente de aniversário e pegar a filmadora do seu pai para filmar as amigas. Na Universidade, ela graduou-se no curso de Design Gráfico por ser o curso mais próximo à fotografia que existia na sua cidade. Então, começou seu trabalho editando fotos e montando álbuns fotográficos no estúdio de sua tia.


Quando percebeu que buscava ir além, Luisa mudou-se para Porto Alegre para estudar fotografia. Lá, ela começou a trabalhar em uma agência e entrou em contato com outros profissionais da área. Foi aí que iniciaram as sequências de oportunidades na carreira da fotógrafa. E a primeira parada foi São Paulo, onde conheceu o fotógrafo espanhol Frank Kalero. Os dois se apaixonaram e decidiram viajar juntos, passando pela Índia, região do Himalaia e Hong Kong. Na região chinesa, ela desenvolveu o ensaio The Self Promenade, ao lado de seu amigo Navin Kala, com o intuito de mostrar como a cultura da selfie influencia no comportamento humano contemporâneo.


Em 2015, Dörr foi selecionada pelo LensCulture Emerging Talent com a história de Maysa, uma menina de 11 anos que cresceu na pobreza de uma favela de São Paulo. No ano seguinte, ela foi contratada pelo jornal El País para registrar imagens de prostitutas durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Neste período, ela recebeu a ligação da diretora de fotografia da revista TIME para fotografar a série "Firsts", de mulheres pioneiras em suas áreas de atuação nos Estados Unidos. O mais curioso é que ela foi encontrada através de uma foto em seu perfil do instagram e chamou a atenção pelas fotografias realizadas com seu celular.


A série que seria realizada com apenas algumas personalidades se transformaram em 46 retratos, dos quais 12 se tornaram capa da revista. Todas as fotografias foram feitas com o iPhone e em condições bem desafiadoras de tempo e espaço. Mas o resultado final apresenta a naturalidade do momento registrado e a qualidade do trabalho da artista.


Capas da TIME Magazine fotografadas por Luisa.


Em 2018, a fotógrafa venceu a competição POYi Documentary Project of the Year com a série "FIRSTS" da TIME Magazine e o Magenta Flash Forward Award com a história de Maysa. No ano seguinte, ela recebeu a medalha de bronze no World Press Photo Award, a maior premiação de fotojornalismo internacional, com seu registro da festa popular espanhola “Fallas de Valencia”.


As fotografias da Luisa também foram publicadas em outros veículos internacionais importantes, como National Geographic, The New York Times, Wired, entre outros. Além da sua presença em exibições no Brasil, Estados Unidos, Espanha, França, Portugal, Inglaterra e Rússia. Todos esses trabalhos proporcionaram maior visibilidade à carreira de Luisa, que passou a ter mais liberdade de escolha e maior reconhecimento na área. Essa transformação também refletiu na sua vida pessoal, mudando-se para um sítio em Itacaré, na Bahia.


E os trabalhos continuaram. Ela registrou moradores de Itacaré para uma campanha do Adobe Photoshop Lightroom e documentou as cholitas lutadoras de El Alto pela Apple.



Hoje, o trabalho da fotógrafa está focado em projetos relacionados a direitos raciais e o papel da mulher no agronegócio.

A trajetória de Luisa Dörr é o verdadeiro retrato da artista contemporânea e preserva o que há de mais poderoso na arte da fotografia: contar histórias através de imagens. Seu trabalho é livre e não se limita a um equipamento técnico. Vai além e dá voz a histórias de vidas relevantes, necessárias e empoderadoras. Que o mundo possa ver cada vez mais dele mesmo através de seus olhos! ♥︎


Acompanhe o trabalho dessa artista incrível nas redes:


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