A história de uma das pioneiras da educação artística brasileira.
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Foto por M. Nogueira da Silva.
Georgina de Albuquerque (1885-1962) foi pintora e professora brasileira. Foi uma das principais mulheres a se firmar como artista no começo do século XX. Em 1940, ela instituiu um curso pioneiro de desenho e pintura para crianças, e anos depois exerceu o cargo de diretora na Escola Nacional de Belas Artes.
Nascida na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, desde criança Georgina já demonstrava seu interesse pela pintura e foi incentivada pela mãe a seguir neste caminho. Durante sua adolescência, ela teve aulas particulares com o pintor italiano Rosalbino Santoro. Aos 17 anos, ela já havia decidido que queria se tornar uma grande pintora e, então, enviou uma de suas pinturas para a Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) por meio do seu tio. O quadro enviado foi considerado tão bom que acreditavam que tratava-se de uma cópia. Mas, a artista não deixou a história acabar dessa forma e arranjou uma maneira de se encontrar com um dos professores da ENBA, que avaliou o quadro, para provar que ela era a autora daquela obra e merecia entrar na escola.
Foi assim que, em 1904, Georgina foi aceita e iniciou sua educação artística formal no Rio de Janeiro. Na ENBA, ela conheceu o veterano Lucílio de Albuquerque, com quem casou-se, em 1906, e mudou-se para a França, no mesmo ano. Em Paris, a artista seguiu com os seus estudos na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes) e também na Académie Julian.
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Obra de autoria da artista, 1922 / Museu Histórico Nacional (MHN).
Em 1911, Georgina retorna para o Brasil e passa a expor suas obras na Exposição de Geral de Belas Artes, em São Paulo. A partir de 1927, ela integra o corpo docente da ENBA, onde permanece por mais de 20 anos lecionando desenho artístico.
Por conta do falecimento do seu marido, em 1940, ela funda o Museu Lucílio de Albuquerque em sua casa, reunindo todo o acervo familiar. Anos mais tarde, ela inaugura um curso pioneiro de desenho e pintura para crianças em seu ateliê. E, para encerrar seu ciclo na sua história com arte e educação, em 1952, ela assume o cargo da diretoria da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA).
Dez anos mais tarde, em 1962, Georgina faleceu e deixou sua marca na história da educação artística brasileira. Suas obras estão espalhadas em museus no Rio de Janeiro e na Pinacoteca, em São Paulo. E suas conquistas, que abriram as portas para diversas artistas do país, seguem inspirando e reverberando no cenário artístico e educacional. ♥︎
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